A virada de 2024 para 2025 trouxe um cenário difícil para a televisão brasileira. Não foram apenas repórteres, produtores e editores que sentiram o impacto das demissões em massa. Apresentadores consagrados, acostumados a liderar grandes audiências, também perderam espaço, em grande parte devido à queda nos índices de audiência e à consequente pressão comercial. Grandes marcas, insatisfeitas com os resultados, migraram seus investimentos publicitários para atrações com melhor desempenho.
Rodrigo Faro, estrela dos domingos da Record por muitos anos, viu o programa “Hora do Faro” perder relevância e não resistiu à competitividade com o “Domingo Legal”, do SBT. Rachel Sheherazade, considerada uma grande aposta do canal, permaneceu apenas quatro meses à frente do “Domingo Record” antes de ser dispensada. Nem mesmo a Globo escapou da crise, deixando de renovar o contrato de Galvão Bueno, em parte devido ao alto salário do narrador esportivo.
Além das demissões, a nova realidade financeira das emissoras impõe salários bem mais baixos para aqueles que conseguem se manter no ar. José Luiz Datena, por exemplo, aceitou uma remuneração reduzida para comandar o programa “Tá na Hora”, no SBT. Para muitos, a principal fonte de renda agora é o cachê das ações de merchandising. Em um mercado cada vez mais competitivo e com poucas oportunidades, os comunicadores estão preferindo contratos congelados a ficar sem trabalho.
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