O Ceará alcançou um marco significativo na produção de castanha-de-caju em 2024, registrando uma safra de 102 mil toneladas. O volume representa um crescimento de 61,1% em relação ao ano anterior, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), consolidado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento é ainda mais expressivo quando comparado à estimativa inicial do LSPA em janeiro de 2024, que previa uma safra de apenas 73 mil toneladas — quase 30% menor que o resultado final. Apesar das chuvas irregulares durante a quadra chuvosa, precipitações na segunda quinzena de novembro contribuíram para o aumento na colheita, especialmente em regiões como Beberibe, Bela Cruz, Alto Santo e Cascavel, que lideraram a produção estadual.
No entanto, o IBGE destacou desafios no setor, como a dificuldade em encontrar mão de obra para a colheita. Em setembro, técnicos do instituto relataram que muitas castanhas permaneciam no chão aguardando recolhimento. Ainda assim, o Ceará se manteve em destaque nacional, com sete dos dez municípios mais produtivos do Brasil, liderados por Beberibe, que alcançou mais de 9,6 mil toneladas, tornando-se a segunda maior produtora do país, atrás apenas de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte.
A safra de 2024 demonstra não apenas a relevância do Estado na produção de castanha-de-caju, mas também a resiliência do setor frente às adversidades climáticas e estruturais, reforçando a importância de políticas públicas para apoiar agricultores e fortalecer a cadeia produtiva.
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