Vaticano aprova normas que permitem homens gays no sacerdócio, desde que celibatários


O Vaticano aprovou normas da Conferência Episcopal Italiana (CEI) que permitem que homens homossexuais possam se tornar sacerdotes, desde que respeitem o voto de celibato — abstinência de casamento ou relações sexuais. As novas diretrizes, divulgadas nesta sexta-feira (10), são válidas apenas para a Itália.

Segundo o texto, homens gays podem ingressar em seminários católicos, desde que não defendam ou promovam a chamada “cultura gay”. Essa exigência implica que esses candidatos precisam ocultar sua orientação sexual para serem aceitos.

A decisão reflete a permanência de uma visão conservadora na Igreja Católica, que ainda não acompanhou as mudanças sociais em relação à comunidade LGBTQIA+. Apesar da crescente aceitação de uniões homoafetivas e da descriminalização da homossexualidade no Ocidente, o Vaticano continua a reafirmar diretrizes que restringem a expressão e a vivência plena da orientação sexual no contexto religioso.

Embora não represente uma alteração substancial na posição da Igreja, as normas chamam atenção por abrir oficialmente espaço para discussões sobre diversidade dentro do clero. Críticos apontam, no entanto, que a exigência de ocultar a orientação sexual ainda reforça o estigma e limita a inclusão plena na instituição.

A Igreja também manteve sua posição sobre o celibato clerical, que é uma regra obrigatória para todos os sacerdotes, independentemente da orientação sexual. Isso significa que todos os candidatos devem aceitar o compromisso de abstenção sexual como parte de sua vida religiosa.

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